Apresentando Revan

Menino de São Nicolau por nascimento mas é já um "Mussim de Soncent" por direito. Hoje temos connosco o " Rapper de Horas Vagas e Designer de Horas pagas", Revan. Qualquer pessoa que siga as minhas redes sociais, sabe e percebe bem a admiração que tenho por ele e por isso faz todo o sentido que ele seja nosso convidado em mais uma entrevista do nosso blog.
- Nasceste em São Nicolau. Quando foi que chegaste a São Vicente e quais eram os teus objectivos iniciais?
Cheguei a Mindelo em Novembro de 2011. Vim participar numa feira de artesanato. Nem sei como fui seleccionado porque o que eu fazia era pintura a óleo, que não é artesanato. Cheguei e inscrevi-me imediatamente no curso de Design do Instituto Universitário de Arte Tecnologia e Cultura (M_EIA). Desde então só voltei para SN de férias.
- O teu primeiro trabalho foi lançado em 2007 (nunca o ouvi) e o último em 2017. Já temos data para o próximo trabalho? E podemos esperar o mesmo em físico ou apenas digital?
Já teve muitas datas. Mas infelizmente ainda existem factores que não dependem somente de mim, então a ideia é que seja em breve. Existe uma parte do meu público que colecciona os meus trabalhos e é a pensar neles que decidi, para além das plataformas digitais, ter cópias físicas para que eles possam continuar essas colecções e sentirem-se parte desta caminhada.
- O teu último Single foi o Hey. O lançamento às vésperas das eleições foi intencional ou "acidental"?
Foi intencional. O meu discurso tem quase sempre como alvo as pessoas comuns. O eleitor. Então a ideia foi escolher um momento em que as pessoas estivessem a precisar desse discurso, por estarem em tempo de tomadas de decisão e precisarem de reflectir sobre como têm encarado os respectivos papéis enquanto agentes importantes no contexto democrático e exercido as respectivas cidadanias.
- Quando falas de "ESPERA KESH MIGALHAS KEY", achas mesmo que o povo das ilhas nem quer saber quem os lidera, apenas se importa se tiram ou não dividendos disso?
Acredito que a forma como as pessoas encaram a política é fruto de duas coisas. Em primeiro lugar: de como a própria política tem sido feita e em segundo: de heranças da mentalidade colonial. Um país democrático que tem o Estado como maior empregador, terá pouco exercício da cidadania. As pessoas à procura da tal estabilidade social e económica que é a crença maioritária, adoptam uma postura passiva, auto-repressiva e de auto-censura quanto ao posicionamento político. Estando assim, como se diz, em cima do muro, à espera que caia uma oportunidade de algum dos lados.
- Achas que fazendo este tipo de intervenções consegues fazer com que pelo menos quem escuta as tuas músicas pense um pouco antes de votar?
É claro! Se não, não o fazia. Enquanto houver pelo menos uma pessoa a ouvir a minha mensagem e ainda houver estes mesmos contextos sociais, produzirei temas do género. Acredito porque da mesma forma que discursos daqueles me inspiraram e conseguiram mudar a minha mentalidade, a minha música poderá provocar também impacto em que me escuta.
- Rapper, Designer, Pai, Marido, Activista, CEO de Kaza Preta. (Escapou-me alguma coisa?). Se tivesses de desistir de uma destas tuas mil actividades qual seria e porquê?
Faltou Professor Universitário. Há 3 anos que lecciono nos cursos de Marketing, Gestão Comercial e Empreendedorismo e Gestão e Planeamento em Turismo da Universidade ISCEE, e também cheguei a leccionar unidades curriculares no curso de Ciências da Comunicação da Universidade Lusófona. Esta pergunta é muito difícil porque a pessoa que me tornei é fruto ou o somatório de todas estas facetas. Não consigo imaginar-me sem uma delas, mas se fosse para fazer escolhas a única certeza que tenho é que a ÚNICA de que NUNCA abriria a mão é da família.
- Tu fazes parte daquela NOVA geração do RAP Criolo, mas és dos poucos que merece o respeito de todos os que estão neste Game, sejam mais velhos, da mesma idade ou mais novos. Não conheço ninguém que fale mal de ti ou que tenha beef contigo. A que se deve esta tua posição privilegiada no Rap Criolo que te faz ser respeitado por todos?
Na verdade, o RAP é um meio um pouco complicado. Há muita informação distorcida que circula nos bastidores sob forma de fofocas que não vão para os média e nem para as redes sociais. E o facto de não irem para as redes faz-te pensar que não existem. Não sei se posso chamar isso de beef, mas existem pessoas, até nomes grandes no RK, que têm algum atrito em relação a mim. Mas eu não me importo com isso porque o meu propósito é bem maior do que qualquer picuinha. O que me faz ser respeitado pela maioria é, para além de sempre agir com inteligência emocional, não dar relevância a assuntos insignificantes e ter a consciência de que a maioria dos que fazem RAP lidam muito mal com críticas, então evito fazê-las, com excepção de quando me é solicitado e em meios apropriados.
- E já agora, eu gosto de escrever sempre Rap Criolo, mas és um dos que escreve sempre Rap Kriolo. É porque sou um cota ou podes explicar o Motivo de optares pelo "K" em detrimento do "C"?
Acho que é por durante algum tempo me ter preocupado em escrever seguindo o ALUPEC. Mas também poderá ter sido por influência de um texto que li nos tempos de liceu chamado "AFRIKA com KAPA" do Mia Couto.
- Sei que perdeste a tua mãe com a terna idade de 18/19 anos. Como é que este evento traumático definiu a forma como vês o mundo hoje e forma que o retratas no teu RAP?
Uma pessoa nunca está preparada para perder a mãe. Quando isto acontece a uma pessoa dessa idade e principalmente devido a um cancro, ela numa mais será a mesma. Ficar sem a minha mãe obrigou-me, de certa forma, a amadurecer mais cedo e a criar um instinto de sobrevivência que até então não tinha. Porque dias após ela falecer eu tive de partir para São Vicente para fazer um teste de acesso à Universidade de Cabo Verde e passei. Estudei durante um ano e acabei por desistir do curso por motivos financeiros. Menciono-a em muitas das minhas músicas para manter sempre vivos os princípios que ela nos transmitiu, a mim e aos meus irmãos, e de certa forma para tentar satisfazer uma das suas maiores vontades que era ver os seus filhos a serem bem sucedidos. Eu e os meus irmãos utilizamos a sigla MLTINK, que significa Maria da Luz (o nome dela) Ta Ilumina Nha/Nos Kaminh.
- Acompanho também o trabalho dos teus irmãos, os também MC´s Sams e Nill Almey, e percebo nas letras deles toda a admiração que têm por ti e a forma que te vêem. Podes falar de como o falecimento da vossa mãe fortaleceu esta relação e como te sentes por ser um ídolo dos teus irmãos? É que ser ídolo de pessoas que não nos conhecem é fácil, mas de pessoas que conhecem os nossos defeitos é mais difícil e complexo.
Essa admiração vem do facto de eles sempre verem em mim uma pessoa que luta a todo o custo para fazer as coisas acontecer e ser capaz de contornar qualquer dificuldade que aparecer. Fui eu quem levou o "bichinho" de RAP para casa. Por ser mais velho, de certa forma eles sempre seguiram os meus passos. Uma vez a nossa mãe me disse: "Vê se andas sempre em bons caminhos, porque se caíres, eles também cairão". Sempre fomos tão unidos que fica até difícil pensar que o falecimento da nossa mãe nos possa ter tornado mais próximos.
- Já agora, podemos esperar algum dia por um trabalho conjunto dos manos Almeida?
Fizemos no passado. Antes de fundar a Kaza Preta, fomos um grupo chamado WSW, lançámos uma mixtape e uma EP. Voltaremos a fazê-lo, se Deus quiser.
- Ainda nos eventos traumáticos da tua vida, temos também presente a situação recente do teu próprio filho que também passou por uma situação de saúde com alguma gravidade. Como é que ele está neste momento? Totalmente recuperado, esperamos nós.
Ele está bem graças a Deus. Totalmente recuperado. Foram momentos muito difíceis, mas que me ensinaram bastante.
- Continuando e agora falando mais do teu lado activista. Neste momento, és um "Mussim de Soncent" por direito e isso é demonstrado claramente pelo teu envolvimento nas causas sociais. Podes explicar um pouco acerca do projecto OUTROS BAIRROS e qual é o teu envolvimento nesse projecto.
Outros bairros é um projecto que tem como objectivo promover a reabilitação urbana das áreas de Alto de Bomba, Fernando Pó e Covada de Bruxa, a partir do modo de vida da população local. A minha participação está na residência criativa Kubaka, direccionada a Rappers e Hip-hoppers da zona de Alto Bomba e não só. A RCHH tem a duração de 3 meses, que são divididos por 3 oficinas, entre os meses de Outubro e Dezembro de 2020. Tem um carácter interventivo - baseado no conhecimento etnográfico e artístico que a equipa adquiriu sobre o tema - que visa incentivar os hip-hoppers e os activistas do Alto Bomba a um trabalho de auto-consciencialização social e política, assim como de empreendedorismo social, cultural e comunitário, impulsionado pela essência transformadora do hip-hop enquanto movimento social urbano.
As actividades têm um carácter colaborativo, procurando criar uma arena de negociação, debate e diálogo com os jovens hip-hoppers e activistas mindelenses, buscando explorar áreas semânticas e questões relevantes identificadas no decurso da residência, que irão constituir a base do processo criativo. De modo similar a outros tipos de intervenções do género, as oficinas baseiam-se em discussões sobre a história e a cultura hip-hop e o papel do activista comunitário em contextos caracterizados pela cultura de necessidades, cujo objectivo geral é a promoção do desenvolvimento de trabalhos colaborativos assentes nos princípios do hip-hop e na actuação enquanto mediador entre o poder público ou privado e a comunidade.
Das intervenções esperam-se os seguintes resultados práticos: um disco digital construído a partir das discussões saídas da residência e gravado no Kubaka Records; um vídeo musical com a participação da comunidade; um miniconcerto no bairro com a participação de rappers do bairro e convidados locais (dependendo da situação epidemiológica da ilha em Dezembro); um documentário em formato street vídeo a ser posteriormente divulgado online; um artigo de pendor etnográfico a publicar numa revista científica de referência.
- E na tua ilha materna? Estás envolvido em algum projecto em São Nicolau ou pensas em desenvolver algo por lá no futuro?
Neste momento não, infelizmente. Mas no futuro pretendo criar uma espécie de Centro Comunitário de carácter educativo e voltado para a cultura e empreendedorismo. É um objectivo pessoal.
- Além do atum de conserva, a bolacha e o rap do Revan, o que mais São Nicolau tem a oferecer que queiras aconselhar?
São Nicolau é uma ilha híbrida. Se repararmos bem, tem um pouco das outras. Tem monumentos históricos e canhões que se assemelham à Cidade Velha, Vulcões (inactivos) que lembram o Fogo, tem praias belas (menores, mas) que nos lembram Maio, Boavista ou Sal, montanhas parecidas com as de Santo Antão e Santiago. Manifestações culturais que nos lembram São Vicente. Paisagens que remetam à Brava. É uma pena que, mesmo estando posicionada no centro de arquipélago, a ilha ainda seja negligenciada e excluída do processo de desenvolvimento do país. SN tem grande potencial tanto para turismo de montanha como de praia.
- Tens algum artista de RAP de São Nicolau que nos possas indicar e sobre quem, de certeza, ainda vamos ouvir falar muito em breve? Pode ser MC, beatmaker ou outro.
Há uns anos eu apostava todas as minhas fichas no Matty Maslow, um puto muito talentoso que esperava estar neste momento nos ouvidos de toda a gente, pena que não tem sido muito produtivo. Mas ele é muito jovem pode ser que ainda me venha surpreender. Posso citar nomes como Rayan, Stephan, LP, MR Fam, Lilocks, Yran, de quem espero ouvir falar muito. Tem o produtor Delman Beatz, que também que é uma promessa.
- Se achas que São Vicente está esquecido pela política Cabo-verdiana, o que tens a dizer acerca de São Nicolau? Está esquecida também ou podemos falar mesmo em abandono?
Mano, já nem sei como chamar isso. São Nicolau é das ilhas que mais perde população, sobretudo a jovem. Não há incentivos para investimento na ilha. Ligações irregulares. Para viajares de avião para a ilha tens de dormir na Praia, e é uma vez por semana. Não existe um sistema eficaz de escoamento de produto agrícola. Não existe qualquer política de dinamização de economia para a ilha. Centros de saúde com limitações incompreensíveis para esta era. As obras do primeiro empreendimento turístico começaram quando eu estudava a quinta classe, até hoje não foi concluída e foi paralisada perto da fase de conclusão.
- Três singles lançados de um projecto que promete ter ainda mais sucesso que o RDF. O que podemos esperar do teu próximo trabalho?
Não sou de prometer muito. A única coisa que posso dizer é que está a valer a pena cada momento desta "demora". O álbum fica melhor a cada contratempo que aparece.
- E quando pensaste no projecto (no dia zero), pensaste sempre em basear os samples na nossa música tradicional ou foi uma cena mais viva?
Foi uma cena que foi acontecendo. Não pensei num álbum. Na altura o feeling era ouvir música tradicional, e desse feeling resultaram alguns beats que fui fazendo e gravando e posteriormente surgiu a ideia de fazer o álbum.
- Não sendo músico tradicional e devido a todas as dificuldades em aceder/consultar a nossa rica cultura musical para as bases do teu novo trabalho, tiveste ajuda de alguém para "trabalhar" ou foi sempre sozinho "a partir as pedras"?
Tive a ajuda do Naná. Tem 3 beats do Kelton Beatz, um promissor produtor de Chã de Alecrim. O Eder Fonseca, baixista. E tenho uns poucos amigos próximos a quem uma vez ou outra mostro o trabalho e me dão as suas sugestões.
- Não
sei porquê mas sempre quis ouvir um featuring
teu e do Vieira*. (Lol!! claro que sei porquê).
Alguma vez pensaram em alguma colaboração já que ele também tem trazido a
"linga de sanicolau" para o rap nacional com o seu Patche Parloa?
*(MC nascido na Holanda, filho de gente São Nicolau)
Heee... A primeira vez que ouvi o Vieira devia ter uns 14 anos, no Programa 3 Quartos. Fiquei maluco. Ele é uma referência para mim até hoje. Somos muito amigos e já falamos numa colaboração. Espero que muito em breve possamos trabalhar nela.
- Os teus vídeos são sempre pensados como se fossem filmes. Tanto que eu gosto de os ver sem som para poder perceber tudo o que passa. É mesmo esta a tua intenção ou eu é que sou um detalhista que quer que tudo faça sentido nos trabalhos? E já agora quem elabora os roteiros dos teus vídeos?
Nos videoclipes eu tenho sempre a preocupação de trazer mais do que a interpretação da música. Gosto de não ser redundante ao ponto do vídeo ser simplesmente a tradução do áudio para o visual. Eu gosto de contar histórias, então deve ser por isso que os vídeos parecem filmes. Os roteiros são sempre pensados por mim juntamente com a equipa da produção.
- E o Valete, que dizes ser uma influência, lançou estes dias, sem aviso nenhum, 5 singles de uma única vez. Sentiste que ele ainda está em forma apesar dos 14 anos sem lançar nenhum álbum? Achas que ele ainda é relevante para o movimento Hip Hop Lusófono ou já perdeu aquela força?
Ele tem muito tempo sem lançar um álbum, mas neste período ele lançou muitas músicas e uma mixtape. A qualidade destas impossibilita que eu possa sentir uma ausência dele. Tenho quase duas dezenas de sons dele que saíram depois do Serviço Público, sem contar com participações em trabalhos de outros artistas. Todos os shows dele do ano passado esgotaram antes de acontecerem. Desta feita não tem como pensar que ela tenha perdido relevância no movimento.
- KAZA PRETA. 6 Anos. Sendo ainda uma criança, onde esperas chegar com este teu "filho"? Já tem a independência total onde um artista pode tratar de todo o processo criativo de um álbum ou ainda precisas de mais cenas?
Kaza Preta nasceu para ser uma incubadora de RAP. Partiu de uma necessidade minha e dos meus irmãos de estarmos organizados para, de melhor forma, negociar com os agentes de música em São Nicolau. Espero que em breve possamos apostar em outros talentos (do RAP) e representar a oportunidade que não tivemos quando iniciámos. Vejo a KP no futuro como uma importante agente de produção e divulgação do RAP Kriol para o mundo. Ainda não temos a independência que queremos, mas aos poucos vamos chegar lá.
- "Aquele que é capaz de se questionar e mudar de ideias sempre que entendeu que estava errado". Quando foi a última vez que isto te aconteceu e o que era?
Caramba! Pergunta lixada, kkkkkk!!! Vou começar por responder em relação ao RAP. Já tive uma postura muito conservadora, de forma extrema. Já me inspirei em ditadores. Já pertenci a uma classe de anti-sistema que não faz questão de saber como ele funciona. Inclusive era apoiante da queda do sistema, mas não tinha a mínima ideia do que sugerir caso tal acontecesse. E já apoiei teorias de conspiração kkkk!! Já fui de certa forma machista.
- Porque achas que sendo o RAP o estilo mais ouvido pela nossa juventude, ainda tenha tão pouca relevância a nível dos maiores eventos de música nacional?
Podemos entender isto com algumas questões. Quem são os managers dos rappers e os promotores do RAP? São na grande maioria os próprios rappers, que não possuem experiência na negociação de shows e gerenciamento de artistas. Eu acho que o grande problema está na Organização. Enquanto não tivermos promotores de Rap para aconselharem e preparem os Rappers, tanto no momento de produção da música como no da distribuição e divulgação, no agendamento de espectáculos, fazê-los ver o que fazem como sendo uma carreira, vai continuar tudo na mesma.
- Se tivesses o poder de durante um dia mudar alguma coisa no mundo, o que seria e porquê?
Talvez mudasse a indiferença. Muitos problemas do Mundo existem porque existe a indiferença. Por exemplo: Existem recursos suficientes para acabar com a fome e doenças, mas somos indiferentes à dor alheia. Poderiam não existir certas Guerras se não houvesse a indiferença de quem pode fazer algo para que não aconteçam. Sem a indiferença estaríamos aptos para trabalhar para uma causa comum: A HUMANIDADE.
- Manda aí o teu recado para TODOS os intervenientes do movimento. Fica à vontade e diz o que te vai na alma.
Primeiramente um obrigado aos pioneiros, guerreiros que deram o seu sangue em tempos em que tudo era difícil, para fundar o movimento. Em segundo aos beatmakers, o elemento muito pouco valorizado, mas que são os verdadeiros criadores de tendências. Toda a vez que o RAP muda, renova ou ramifica é por causa dos beatmakers. E finalmente a toda a comunidade de Hip Hop com a seguinte mensagem: Não esqueçamos a nossa responsabilidade, as sementes que lançarmos hoje ditarão os frutos que brotarão amanhã.
- E para finalizar, podes deixar uma palavra de incentivo para o BLOG?
Estou muito feliz com esta iniciativa. Desejo força e muita motivação. Que independentemente do feedback ou reconhecimento que vier, o Blog tenha sempre a vontade de cumprir o seu importante papel no movimento. O blog é uma das melhores iniciativas que surgiram nos últimos tempos para a divulgação da cena. Um Obrigado.